Startups brasileiras durante e após a pandemia, como estamos?

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Issa Berchin

Gestor e palestrante na área de Gestão, Inovação e Sustentabilidade. Premiado três vezes em simpósios internacionais na Malásia, Itália e Portugal.

Quem acompanhou o ano de 2021 das startups brasileiras, notou que foi um ano memorável para o setor e bastante animador para todo o ecossistema de inovação do país. Acompanhado de inúmeros grandes investimentos, o mercado que já vinha aquecido encontrou um espaço entre a pandemia de COVID-19 para acelerar ainda mais o crescimento. Mas podemos nos perguntar o que acelerou essa evolução e estimulou os investidores?

Podemos pontuar algumas características chave para explicar um pouco do fenômeno desse mercado. Sua estrutura natural, que prevê um funcionamento menos burocrático e propenso a ideias mais inovadoras, além da cultura empreendedora que impulsiona a flexibilidade dos processos.

Outro fator chave é a inconformidade, esse que é um fator fundamental para a evolução de qualquer negócio, já que incentiva melhorias constantes e resultados mais satisfatórios. Juntamente com esses aspectos que vem do modelo das startups, temos o que seria para muitos o aspecto principal delas, a inovação. Além de fomentar “novas inovações” tecnológicas e mercadológicas, a pandemia de COVID-19 acelerou algumas mudanças já iminentes nos hábitos de trabalho das empresas e no estilo de vida das pessoas.

Em um momento como o lockdown e a pandemia de coronavírus, a inovação se fez mais do que necessária para que empresas se mantivessem no mercado, as inovações foram ainda mais essenciais para aqueles que além de se manter, cresceram em meio a tantas adversidades.

É claro que devemos ter sempre em mente os efeitos adversos da pandemia, com milhões de pessoas mortas em todo o mundo, outras dezenas de milhões de desempregadas e milhares de falências de empresas de todos os portes e setores em todo o mundo. Tivemos o desespero das bolsas de valores e aprendemos mais uma vez uma lição que de tempo em tempo se faz presente, caixa é rei.

Mas, e o mercado?

De acordo com uma pesquisa do KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) em 2021 fundos de Venture Capital investiram 46,5 bilhões de reais em startups brasileiras, valor três vezes maior se comparado a 2020. Mesmo notando o aumento expressivo das startups em 2021, é normal que haja dúvida no momento de projetar um cenário melhor para o ano, porém com a análise de uma série de fatores que ocorreram e com estudos, a projeção é que a melhora de solidifique.

O primeiro fator que deve alavancar ainda mais o setor são os unicórnios, de acordo com o acompanhamento em tempo real realizado pela CB Insights, existem cerca de 1.066 unicórnios mapeados pelo mundo, que juntos são avaliados em 3,5 trilhões de dólares.

No Brasil o cenário não é diferente, com o recorde dos investimentos e crescimento das empresas o país acumulou mais 10 novos unicórnios, como C6 Bank, Olist e MadeiraMadeira. Esse crescimento implica em ainda mais investimentos e visibilidade ao país, portanto atraindo ainda mais receitas.

Podemos notar outro fator quando vemos que os mesmos setores que haviam tido grandes investimentos continuam em alta, como o setor de tecnologia que recebeu cerca de 30% do valor total investido em 2021 nas startups brasileiras. Outro setor em crescimento é o da saúde e biotecnologia, com o crescimento da preocupação da população sobre longevidade, o cenário da saúde não foge das projeções de crescimento e mais investimentos em desenvolvimento para os próximos anos.

Em 2022, alguns cenários desafiadores se desenham, como por exemplo, o aumento da inflação, a guerra na Ucrânia e as barreias protecionistas internacionais. Uma crise raramente se apresenta com possibilidades claras e de fácil predição, e seu final dificilmente é um ambiente organizado e calmo. Em vez disso, geralmente há um fim irregular, por isso é fundamental que você faça uma análise detalhada identificando em qual momento de uma crise você pode se encontrar. Apesar das imprevisibilidades, estes desafios representam momentos de reinvenção, reestruturação e reorganização das estratégias das empresas, que resultarão em alçar novas oportunidades de negócios.

E você, como tem se reinventado?

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